Coluna Saúde e boa forma – 12/12/2019

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O coração agradece os cuidados com a saúde no verão

Neste verão, que promete ser um dos mais quentes dos últimos anos, é preciso redobrar a atenção com a saúde para aproveitar sem sustos as férias, os passeios, a praia, os parque. A primeira questão: a combinação do aumento da temperatura com excessos alimentares e de bebidas alcoólicas, especialmente na presença de muita exposição ao sol e esforço físico exagerado, pode apresentar problemas.

E, sim, o recado vale especialmente para pessoas com antecedentes de doenças cardiovasculares ou com fatores de risco, como obesidade, colesterol e triglicérides altos, diabetes, tabagismo, estresse e hipertensão. Esses problemas podem se agravar com a quebra da rotina alimentar e com certos hábitos típicos do verão.

O excesso de cerveja e afins, por exemplo, eventualmente dispara uma arritmia cardíaca. Nesse quesito, aliás, quem sofre mais são as mulheres. O sexo feminino possui menos água no organismo, o que faz com que o álcool fique mais concentrado.

Além disso, elas em geral pesam menos e apresentam níveis menores de enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool. Ou seja, aquele drinque demora mais para ser processado.

Fibrilação atrial

Ela é uma arritmia cardíaca bastante comum, afetando principalmente os mais idosos. Resulta em pulsação mais rápida e irregular. Eis a fibrilação atrial, que ocorre quando os átrios, que são as câmaras superiores do coração, contraem-se de maneira não sincronizada e involuntária.

Os sinais de fibrilação atrial são: palpitações, pulso irregular, dificuldade de respirar, sensação de fraqueza, fadiga aos esforços, dor no peito e tontura. Porém, mais da metade dos pacientes com a arritmia não apresenta sintomas – daí a importância da visita periódica ao cardiologista.

O problema é diagnosticado por meio do exame clínico, do eletrocardiograma ou de um Holter 24 horas, aparelho que monitora os batimentos cardíacos durante um dia todo, enquanto a pessoa faz suas atividades.

Como ocorre em quase todas as doenças, o diagnóstico precoce contribui muito para evitar o agravamento do mal e para que se possa obter bons resultados no controle da arritmia. A terapia busca reverter a fibrilação, reequilibrar a frequência cardíaca e impedir a formação de coágulos que podem causar AVC (derrame).

Se por um lado a fibrilação atrial ainda não tem cura, por outro ela pode ser prevenida. Nesse sentido, é fundamental adotar uma alimentação equilibrada, controlar a hipertensão, o diabetes e o colesterol, consumir álcool de modo cometido, não fumar, vencer o sedentarismo e a obesidade, evitar o excesso de cafeína e reduzir o estresse. Todas essas medidas ganham ainda mais relevância quando atingimos idades mais avançadas.