Coluna Economia em foco – 30/10/2019

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A bolsa essa semana I

O Índice Bovespa permanece em trajetória de alta ao longo da semana, com destaque para o pregão do dia 28/out registrando a máxima de 190.130 pontos nos contratos de Míni Índice Futuro (WINZ19). Há uma forte tendência de alta observada desde o dia 10/out, e possivelmente ao longo dos próximos dias haverá bastante “luta” entre as forças compradoras e vendedoras na faixa dos 190.130 pontos. Caso ocorra a ruptura dessa resistência, a próxima parada – conforme alguns analistas acreditam – deve ser a casa dos 112.000 pontos.

O dólar futuro essa semana

Após o período de lateralização verificado nas últimas semanas, ou seja, sem uma tendência claramente definida, os contratos de dólar futuro (DOLFUT) romperam o suporte de 4,063 R$/US$ e atingiram a mínima de 3,974 R$/US$ nas negociações do dia 28/out. Devemos aguardar os próximos dias pois provavelmente o mercado irá testar o suporte verificado na mínima do dia 28/out. Caso essa ruptura ocorra, o alvo da queda fica então para a região dos 3,790 R$/US$ verificados em meados de julho de 2019.

Expectativas para a Economia I

O Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BACEN, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação, sendo sempre divulgado em todas as segundas-feiras. O relatório traz o comportamento semanal das previsões para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. Essas informações são muito influentes para a conduta da Política Monetária executada pelo BACEN, pois direcionam o rumo da taxa de juros SELIC. A previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB foi revista, com expectativas de que a economia registre crescimento de 0,91% no ano de 2019. Há quatro semanas as expectativas para esse mesmo indicador era crescimento de 0,87%. Os analistas do mercado financeiro revisaram suas expectativas para a taxa SELIC, reduzindo o valor 4,50% ao ano até o fim de 2019. Há quatro semanas atrás essa mesma expectativa era de 4,75%. Quanto à inflação, mensurada pelo IPCA, também houve revisão das expectativas: o mercado considera que o IPCA pode atingir 3,29% até o fim de 2019. Há quatro semanas o mercado considerava que o fechamento de 2019 para o IPCA seria de 3,43%. O valor esperado para o dólar até o fim do ano aumentou em comparação ao que se acreditava há um mês atrás, com valor esperado de 4,00 R$/US$ no fim de 2019.

Expectativas para a Economia II

O mercado tem revisto frequentemente o valor esperado para o saldo em Conta Corrente, mensurado em bilhões de dólares. Atualmente o mercado prevê que o saldo para o fim de 2019 será de US$ -33,16 bilhões. Essa conta registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências do Brasil com o exterior. Há pouco mais de 4 semanas o mercado acreditava que esse valor seria maior, em torno de US$ -26 bilhões. Os Investimentos Diretos no País esperados para 2019 foram estimados em US$ 80,35 bilhões, por sua vez, diminuindo ligeiramente quando comparada a previsão de um mês atrás, estimada em US$ 83,40 bilhões.

Expectativas para a Economia III

Os analistas têm também revisado, para cima, suas expectativas quanto à evolução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em termos percentuais do PIB. Atualmente o valor estimado pelos analistas é que a DLSP corresponda a 56,30% do PIB em 2019 e com valor crescente ao longo do tempo, atingindo o máximo de 61,10% do PIB em 2022.

Economista Amauri de Souza Porto Junior – Professor do curso de Ciências Econômicas da UNESC – Contato: aspj@unesc.net