Sede própria próximo de sair do papel

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Presidente do Legislativo criciumense, Valmir Dagostim, o Miri, prevê mudança para novo local no primeiro semestre de 2021

Ao assumir a presidência da Câmara de Vereadores de Criciúma, o vereador Valmir Dagostim, o Miri, tinha como principal meta a conquista da sede própria. Ainda no mês de janeiro, Dagostim esteve em Brasília para se reunir com a assessoria da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para tratar da cedência do prédio onde funcionava o Ministério Público do Trabalho (MPT), no Parque Centenário.

No mês de abril, Miri Dagostim voltou a Brasília e teve audiência com o secretário adjunto de Patrimônio da União, Mauro Benedito de Santana Filho, e o senador Esperidião Amim, para tratar sobre a transferência do imóvel para o município de Criciúma. A luta foi coroada com a assinatura do termo que permitiu o uso do local e a publicação no Diário da União no dia 11 de julho.

O próximo passo será a votação do projeto que permite a transposição dos recursos para uso na reforma e ampliação do prédio. De acordo com o presidente, a proposta está tramitando na Comissão de Justiça e deverá ir à votação na sessão de segunda-feira, dia 14. Os recursos são das economias que o Legislativo está realizando nos últimos anos e que são devolvidos para a Prefeitura.

Com a liberação da verba, a administração municipal conseguirá realizar as obras necessárias. Como o prédio do MPT não vem sendo usado, foi depredado por vândalos. “Precisamos realizar melhorias em toda a estrutura, com a troca dos pisos, do sistema de ar condicionado, da parte elétrica e da parte hidráulica”, explica Miri Dagostim.

O presidente explica que o prazo para a transferência da Câmara para o novo local tem que ser até o mês de julho de 2019, quando vencem os dois anos de prazo dado pela união para o Legislativo estar funcionando. “É um momento muito importante. Essa sede própria vai gerar, não somente economia, mas também melhores condições de acessibilidade e interação com as comunidades”, pontua.

Miri Dagostim, além da conquista da sede própria, também aponta outras ações importantes neste ano que está à frente da presidência da Câmara. Ele pontua que o Legislativa lutou para que o Estado faça a revitalização da Rodovia Jorge Lacerda, a liberação do empréstimo realizado pela administração municipal com o Fonplata, aprovação das operações feitas com o Finisa em duas ocasiões. “A liberação dos recursos junto ao Fonplata foi negociado em Brasília com a ajuda do senador Esperidião Amim. Estes recursos serão usados nas obras do binário da Avenida Santos Dumont e no elevado a ser construído na Rodovia Luiz Rosso”, fala.

Prefeito interino

O vereador aponta que está passando por um ano especial em sua vida e que teve a oportunidade de ser prefeito de Criciúma de forma interina por dez dias. “Foi muito bom, pois consegui realizar um sonho de contribuir com a minha cidade”. Ele relata que no período em que esteve como prefeito conseguiu fazer 900 atendimentos, recebendo muitas pessoas no seu gabinete e ou fazendo visita nos bairros. “Procurei fazer uma administração de forma humanizada e ainda estive em Brasília resolvendo pendências da administração como a liberação dos recursos com o Fonplata”, relata.

Relação com o PP

Sobre a relação com o PP, partido pelo qual se elegeu vereador, fala que não entendeu os requisitos utilizados por alguns integrantes da sigla na escolha do novo presidente.

Como não concordou com o processo da escolha do novo presidente (Paulo Conti), se afastou do processo junto com o grupo de apoiadores. Ele tem intenção de continuar no PP, mas irá avaliar e acompanhar os trabalhos realizados pela nova executiva. “Não consegui entender, eles não incluíram na nova executiva lideranças como o ex-deputado Valmir Comin, o ex-vereador Sirio Cerimbelli e também a minha pessoa”.