Coluna Economia em foco – 02/10/2019

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A bolsa essa semana I

O Índice Bovespa virou para uma tendência de alta iniciada em 05/set, partindo dos 102.400 pontos, atingindo a máxima de 106.430 pontos no dia 19/set e registrando valor de fechamento em 105.100 pontos no dia 30/set. Nessas últimas semanas o mercado tem respeitado bastante a resistência estabelecida na faixa dos 105.000 pontos, oscilando também dentro de um suporte de 103.500 pontos, aproximadamente. Durante o mês de setembro/2019 os contratos de Míni Índice Futuro (WIN) se valorizaram em 2,9%.

A bolsa essa semana II

O que esperar para os próximos dias? Com a dificuldade para romper a resistência dos 105.000 pontos ao mesmo tempo em que o suporte de 103.000 pontos está sendo respeitado, tudo indicia a movimentação lateral ao longo dos próximos dias. Os investidores estarão aumentando o volume de compras caso ocorra, ainda dentro da tendência de alta verificada, a ruptura da resistência observada.

O dólar futuro essa semana

A cotação dos contratos de Dólar Futuro (DOL) passou por um pequeno choque de patamar no dia 19/set, com o mercado abrindo em 4,144 R$/US$. Desse dia em diante a cotação da moeda passou a respeitar o suporte de 4,160 R$/US$ e a resistência de 4,198 R$/US$. Ao que tudo indica, pelo range entre as cotações ser razoavelmente pequenos, que o mercado opere ao longo dos próximos dias dentro desse patamar. Os investidores deverão então observar possíveis rupturas – tanto de suporte quanto de resistência – para se posicionarem ao lado ou da venda ou da compra no mercado.

Expectativas para a Economia I

O Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BACEN, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação, sendo sempre divulgado em todas as segundas-feiras. O relatório traz o comportamento semanal das previsões para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. Essas informações são muito influentes para a conduta da Política Monetária executada pelo BACEN, pois direcionam o rumo da taxa de juros SELIC. A previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB permanece inalterada há quatro semanas com expectativas de que o crescimento da economia 0,87% no ano de 2019. Os analistas do mercado financeiro revisaram suas expectativas para a taxa SELIC, reduzindo o valor 4,75% ao ano até o fim de 2019. Há quatro semanas atrás essa mesma expectativa er ade 5,00%. Quanto à inflação, mensurada pelo IPCA, também houve revisão das expectativas: o mercado considera que o IPCA pode atingir 3,43% até o fim de 2019. Há quatro semanas o mercado considerava que o fechamento de 2019 para o IPCA seria de 3,57%. O valor esperado para o dólar até o fim do ano aumentou em comparação ao que se acreditava há um mês atrás, com valor esperado de 4,00 R$/US$ no fim de 2019.

Expectativas para a Economia II

O mercado tem revisto frequentemente o valor esperado para o saldo em Conta Corrente, mensurado em bilhões de dólares. Atualmente o mercado prevê que o saldo para o fim de 2019 será de US$ -26 bilhões. Essa conta registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências do Brasil com o exterior. Há pouco mais de 4 semanas o mercado acreditava que esse valor seria maior, em torno de US$ -22 bilhões. Os Investimentos Diretos no País esperados para 2019 foram estimados em US$ 83,4 bilhões, por sua vez, diminuindo ligeiramente quando comparada a previsão de um mês atrás, estimada em US$ 85 bilhões.

Expectativas para a Economia III

Os analistas têm também revisado, para cima, suas expectativas quanto à evolução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em termos percentuais do PIB. Atualmente o valor estimado pelos analistas é que a DLSP corresponda a 56,3% do PIB em 2019 e com valor crescente ao longo do tempo, atingindo o máximo de 60,0% do PIB em 2022.

Economista Amauri de Souza Porto Junior – Professor do curso de Ciências Econômicas da UNESC – Contato: aspj@unesc.net