Coluna Saúde e boa forma – 20/09/2019

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Tenho um sopro cardíaco: e agora?

O sopro cardíaco é uma queixa muito frequente no consultório do Cardiologista.  Consiste em um ruído no qual o médico ausculta durante o exame físico através do estetoscópio. Os sopros mais intensos podem ser sentidos tocando com a palma da mão no peito do paciente, sendo denominados de frêmitos cardíacos.

Há uma infinidade de causas de sopros, tais como alterações estruturais no coração: válvulas incompetentes ou estenóticas (estreitas), comunicação entre as câmaras cardíacas (comunicação interventricular ou interatrial ou defeito no septo átrio-ventricular), persistência do ducto arterioso, más formações cardíacas, endocardite infecciosa, prolapso valvar mitral. Assim como doenças sistêmicas, tais como anemia, hipertireoidismo, febre, Doença de Paget, Beribéri (carência de Vitamina B1), fístulas arteriovenosas.

Mas todo sopro é sinônimo de gravidade ou de doença? Não! Existem os sopros chamados de inocentes, muito prevalentes em crianças, que são gerados devido ao metabolismo “acelerado” durante o crescimento ou síndromes febris, e tendem sumir com o passar do tempo.

Cansaço, falta de ar, inchaço nas pernas, dor no peito, desmaios, tonturas, palpitações, intolerância ao decúbito, febre, cianose da face e extremidades, são sinais e sintomas que podem vir associados ao sopro cardíaco, variando de acordo com cada patologia responsável pelo mesmo.

O paciente que for diagnosticado com sopro, pelo clínico ou pediatra, deve sempre procurar um cardiologista para verificar qual o tipo, se necessita de exames complementares ou de tratamento, farmacológico ou cirúrgico. Um exame muito elucidativo e fundamental é o Ecocardiograma com Doppler Colorido, o qual pode ser realizado em todas as faixas etárias, sem necessidade de preparo específico, praticamente isento de contraindicações ou complicações, inclusive para gestantes e idosos.

DR. LEANDRO VIEIRA DE SOUZA – Médico Cardiologista – CRM-SC 15.408 | RQE 13.319