Após mais uma derrota na Série B, clube e treinador anunciaram a saída em comum acordo

Chegou ao fim a história de Gilson Kleina com o Criciúma em 2019. O clube anunciou ontem a saída do treinador. O profissional tinha contrato até o fim do ano, mas as partes entraram em um acordo para a rescisão.

“Infelizmente comunicamos que chegamos a um acordo com o Kleina hoje. Obrigado mais uma vez pelo homem, pelo caráter e pelo profissional que você é. Foi um aprendizado muito grande trabalhar com você. Acompanhamos de perto o trabalho realizado, mas infelizmente os resultados não vieram”, lamentou o executivo de futebol João Carlos Maringá. Além de Kleina, os auxiliares Juninho Lola e Fabiano Xhá também deixa o clube.

Em sua segunda passagem pelo Criciúma, Kleina comandou a equipe em 22 jogos. Foram seis vitórias, seis empates e 10 derrotas. A última delas, para o Operário, no sábado, em pleno Heriberto Hülse.

“Saio com uma frustração, pois tinha o pensamento de voltar com o Criciúma à Série A. É uma camisa muito forte, a gente sabe que tem condições de voltar à elite do futebol brasileiro. Fizemos um trabalho muito intenso, mas não conseguimos os resultados. A gente é profissional, tinha contrato até o fim do ano, mas tem momentos que vale a tua índole. Nesse momento temos que pensar na instituição”, afirmou, emocionado.

Maringá também lamentou a falta de resultados. “O projeto era outro, queríamos resultados melhores e eles não vieram. Conversamos bastante depois do jogo, sei como o Kleina tá chateado por não ter conseguido. Foram dadas as condições ideais, houve um grande trabalho mas os resultados não vieram. Criciúma é o segundo time na B em posse de bola e é o 18º na classificação. Qualquer outro campeonato, vocês vão ver, quem tem segunda posse de bola está entre os cinco primeiros”, completou.

Especulações

Após a derrota de virada para o Operário, no sábado, a saída de Kleina já era considerada. Mas o fim de semana foi marcado por especulações. Entre elas, a de que o treinador teria pedido R$ 430 mil para deixar o clube, o que segundo o técnico, o deixou magoado.

“Essa atmosfera de fora tem que ser de total apoio aos jogadores e não de desconfiança ou pressão a mais. Fica o apelo para que o torcedor jogue junto com o Criciúma. Teve coisas que chegaram em mim e eu fiquei preocupado, de jogar eu contra o torcedor. A gente tem total respeito com todos e sempre foi assim que eu trabalhei”, destacou.