Sem vencer há quatro jogos e perto da zona de rebaixamento, Tigre terá dois jogos em casa para mudar situação

A fase não é boa. Nos últimos quatro jogos da Série B, o Criciúma somou apenas um ponto. E nas três partidas fora de casa, voltou com três derrotas. Para piorar, o fantasma da zona de rebaixamento está próximo, já que o São Bento, algoz da terça-feira, está apenas um ponto atrás do Tigre.

Por isso, o técnico Gilson aposta todas as fichas no fator casa para reverter a situação. No sábado, o Tigre recebe o Operário, no Heriberto Hülse. Já no dia 11, o Majestoso será palco do jogo com o Sport.

“Não ficamos satisfeitos com esse tipo de resultado, quatro jogos sem vitória, mas não vamos baixar a cabeça. Nós vamos trabalhar e tentar reverter isso com esses dois jogos dentro de casa. Não falou luta, mas o resultado é ruim para as nossas proteções. Agora, temos dois jogos dentro de casa, são de grande valia”, destacou o técnico após a derrota para o São Bento, em Sorocaba.

A busca agora é por melhor forma. “Não adianta fazer no afogadilho, mas estamos fazendo mudanças, para a equipe encorpar. A gente só sai atrás, sempre temos que desmanchar a estratégia. A tensão, o foco, o nível de concentração tem que ser alto o tempo todo”, observou.

Sem os laterais

Para o jogo com o Operário, o Tigre não contará com os dois laterais titulares. Marlon recebeu o terceiro cartão amarelo e irá cumprir suspensão, enquanto Marcos Vinícius deixou o campo lesionado ainda no primeiro tempo do jogo com o São Bento.

Na direita, a tendência é que Maicon volte ao time titular. Já na lateral-esquerda, Kleina confirmou a entrada de Caíque. “Ele tem a nossa confiança”, garantiu.

Ao fim do jogo, Marlon lamentou o desfalque. “Tomei o terceiro cartão amarelo, pois a equipe segurou muito a bola e eu fui ali, tentei tirar ele, mas o juiz me deu o cartão”, revelou.

Lamentos pela derrota

Após a derrota para o São Bento, mais uma vez, o técnico Gilson Kleina tentou dar uma explicação pelo mau momento do Criciúma. E restaram os lamentos por mais pontos perdidos.

“Mais uma vez nosso setor de criação, não finalizamos. Conseguimos colocar o adversário para trás, trabalhamos a bola mas não tivemos efetividade. Tivemos a condição de arrematar, nossa finalização muito aquém, nosso arremate baixo. É isso que a gente fala, corrige, mas um jogo que ao meu ver o empate seria mais justo”, reclamou. “Um resultado ruim. Esses dois jogos dentro de casa serão de grande valia”, definiu.

O gol marcado por Paulinho Bóia, ainda no primeiro tempo, veio após uma falha da marcação. “Tivemos um erro gravíssimo, uma bola de 70 metros, tomamos um drible para dentro, puxou para o pé direito, erros que estamos pagando com derrota. É difícil”, disse.

Ele também reconhece a fase que a equipe enfrenta. “Sequência ruim, pior momento nosso no Criciúma. Depois do jogo do Coritiba analisamos que teríamos quatro jogos, três fora e o clássico em casa. Quando você não pontua em um campeonato de regularidade começa a se distanciar. Não é essa a nossa ideia no departamento de futebol mas nossa realidade é essa”, enfatizou.

O elenco também não poupou a autocrítica ao fim do jogo. “Temos que ter mais tranquilidade, estávamos com a partida controlada, tomamos um gol de bobeira, o professor alertou que os jogadores de beirada deles são de velocidade”, avalia o lateral Marlon.

“Não adianta, pressiona e não conclui. O goleiro adversário não pegou na bola. Campo horrível e a gente não chuta uma bola no gol. Tem muita coisa para corrigir, cada um tem que fazer a sua autocrítica, se está rendendo o que quer ou pode, não adianta falar de A, B ou C. O segundo tempo foi melhor mas está faltando muita coisa”, completa o goleiro e capitao Luiz.