Menos de 24 horas após causar pânico em pais e alunos da escola Sebastião Toledo dos Santos, o Colegião, em Criciúma, por mandar um áudio em grupos de WhatsApp com a ameaça de realizar um massacre, o autor da “brincadeira de mau gosto” foi identificado.  A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa recebeu informação sobre um suspeito, que após ser intimado, compareceu na delegacia e confessou ser o responsável.

O autor foi J.H.B. de 18 anos, morador de Nova Veneza, que alegou ter enviado tal áudio a um aluno do Colegião, durante uma discussão via WhatsApp. O jovem disse que jamais pretendeu concretizar as ameaças e que “falou apenas de boca para fora”, não imaginando que seu áudio pudesse atingir a proporção que teve, razão pela qual logo na sequência enviou um segundo áudio desmentindo as ameaças.

Meses atrás, J.H.B. se envolveu em fato similar no Colégio São Bento, referente a uma postagem no Twitter realizada por outro aluno, que dizia que J.H.B. iria matar os alunos do colégio, tendo tal fato relação com um bilhete enviado pelo autor no ano de 2017, quando ele estudava no São Bento.

O celular de J.H.B foi apreendido para ser periciado, sendo instaurado contra ele um Termo Circunstanciado pelos crimes de ameaça e falsa comunicação de crime.

Caso semelhante no Cedup

Circulou também um áudio nas redes sociais em que um homem ameaça promover um atentado amanhã na escola Cedup Abílio Paulo. De acordo com o delegado André Milanese, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, os dois casos são semelhantes e não passam de uma brincadeira.

“Não temos como controlar toda a brincadeira. É uma cópia fiel ao outro (áudio) do Colegião e não estamos levando a sério. Em um primeiro momento vamos desconsiderar para não criar caso”, afirma.

A assessora de direção do Cedup, Mirian da Silva Rizzatti relata que diversos pais já entraram em contato com a escola, mas que a instituição reforçou a segurança. “Recebemos ontem o áudio, acionamos a polícia e eles estiveram na escola e nos orientaram que não era pra se preocupar, e estão investigando”, comenta.