Inovação e tecnologia revolucionam o comércio de Criciúma

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Práticas realizadas por empresas locais já transformam o mercado

Com as grandes transformações do mundo atual, diferenciar-se somente no produto, serviço ou atendimento oferecido já não é mais suficiente diante de diferentes e exigentes perfis de consumidor. É preciso inovar, olhando para as tendências e traduzindo internamente os avanços.

Reinventar, estar conectado on e off-line, proporcionar experiências, fazer uso da tecnologia e estar conectado com o cliente faz toda a diferença na hora de se destacar no mercado. Diante deste cenário aliado a intensas pesquisas e participações em eventos que apontam as direções do segmento, varejistas da região promovem contínuas atualizações da estrutura ao modo de fazer para continuarem fortes.

Com décadas de experiência na função e constantes participações em grandes eventos de varejo, o superintendente do Shopping Della, Luís Rodrigues, aplicou muito desses conhecimentos para realizar transformações de estrutura e posicionamento de mercado do empreendimento nesse período.

Ele acredita que num primeiro momento a tecnologia vem como desafio, mas em um segundo estágio ela deve se tornar uma ferramenta para melhorar o desempenho das empresas. “O varejo demorou muito para despertar e responder a essa demanda, mas hoje já está inserido no uso dessas alternativas que melhoram o mercado”, afirma.

Com 60 lojistas, o superintendente acredita que a função do Shopping é dar todas as ferramentas dentro do equipamento para que o lojista faça um bom trabalho. “Nós estamos pensando grande em um investimento em inteligência artificial, adquirindo uma plataforma que vai humanizar a relação com os consumidores, quando alguém chegar no Shopping já vai receber no celular uma oportunidade especial de compra baseada no histórico dessa pessoa”, conta.

Conhecimento

O empresário Renato Carvalho defende que é através da busca de informação, visando o aperfeiçoamento do trabalho que se mantém qualificado para o mercado. “É por esses pontos de aprendizado que a gente tem os insights que podem ser aplicados no nosso negócio, e é com base na tentativa e erro que o sistema vai sendo melhorando”, ressalta.

Carvalho relembra que na edição de 2015 em que participou da National Retail Federation (NRF), a maior associação comercial do mundo, um professor da Alemanha falou sobre o fim do atacado e nesse momento o empresário percebeu que precisava se antecipar nessa mudança. “Pensando nessa transição, a Dedal de Ouro tecidos e aviamentos começou a produzir e não só distribuir, para poder se manter no mercado”.

Outro avanço da empresa no quesito tecnologia foi o ingresso no e-commerce, facilitando o acesso do cliente aos produtos. “Não basta mais ter loja física, a loja tem que estar em todos os canais de venda se conectando com os consumidores 24 horas”, indica.

Mudança

A inovação é uma competência essencial para pessoas e organizações, demanda que chega às instituições de ensino superior. O diretor da Faculdade Senac, Alexandre Meneguetti, aponta que as grades curriculares estão com um direcionamento cada vez mais voltado dentro a esse viés nos diversos cursos. “Outra frente de inovação nossa está na criação de um departamento regional com uma equipe voltada para o desenvolvimento de serviços e consultorias em todo estado. A Divisão de Inovação e Tecnologia (DIT) realiza uma série de serviços, inclusive uma missão internacional que acontece em setembro no Vale do Silício, fomentando justamente esse pensamento inovador”, conta.