Mobilização ocorreu devido às baixas temperaturas na região. Abordagens foram realizadas em diversos pontos da Criciúma

O frio e as baixas temperaturas chegaram à região carbonífera e por esse motivo a Secretaria Municipal da Assistência Social e Habitação e a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Criciúma realizaram uma operação conjunta na última quarta-feira. Os profissionais abordaram 25 moradores de rua que estavam em vários pontos do município. A ação teve como objetivo entregar cobertores e agasalhos e também orientá-los a irem à Casa de Passagem São José.

O ponto de partida foi na Praça Nereu Ramos, seguindo para os bairros Tereza Cristina, Paraíso, Santa Augusta, Santo Antônio, Boa Vista, Pinheirinho e São Francisco. De acordo com o secretário municipal da Assistência Social e Habitação, Paulo Cesar Bitencourt, nenhuma pessoa em situação de rua quis seguir para a Casa de Passagem. “Nós entregamos cobertores e passamos algumas orientações, apenas duas pessoas mostraram interesse, mas logo desistiram. Durante a noite eles são mais receosos, mas depois eles acabam passando pela Casa de Passagem”, explica.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Criciúma, Dioni Borba, são realizadas de dez a 15 abordagens por noite. “Tem dia que abordamos mais de 20 pessoas. Sabemos que os moradores de rua são bem complicados. Nós os orientamos e tentamos incentivá-los para aceitarem o nosso pedido de ajuda”, afirma.

O secretário também afirma que o poder público trata a todos com dignidade, possibilitando que possam sair da situação de rua e viver com suas famílias. “Hoje, temos aproximadamente 100 pessoas vivendo em situação de rua em Criciúma, porém esse número pode mudar todos os dias. Eles estão sempre em movimento, não tem como contabilizar exatamente, mas fixos em Criciúma temos em torno de 25”, informa.

Centro Pop e Casa de Passagem

No Centro Pop os moradores de rua podem passar o dia. No local, pode ser adquirido novos documentos, além de auxílio para reencontrar parentes, reatar vínculos e são fornecidos lanches e kits de higiene. Já na Casa de Passagem, as pessoas em situação de rua podem ficar por até três meses. O espaço tem capacidade para atender 50 pessoas.

A ação teve o apoio da Cruz Vermelha, Casa de Passagem São José, Centro Pop, 9º Batalhão de Polícia Militar de Criciúma (BPM) e do Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde.