Região Sul atinge 90,92% da meta de vacinação contra a gripe

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Em Içara e Balneário Rincão, as vacinas para quem não está no grupo prioritário acabaram

A vacinação contra a gripe superou 90% da meta estipulada para os grupos prioritários. A campanha encerrou no dai 31 e contou com o total de 108 mil doses na região da Amrec. A meta era vacinar o total de 119 mil pessoas.

O gerente regional de Saúde, Fernando De Faveri avalia como positivo o número de pessoas vacinadas. “Sobraram poucas vacinas para quem não é do grupo prioritário e todos os municípios precisam reservar a segunda dose para as crianças de 6 meses a 2 anos e gestantes”, explica.

De acordo com a coordenadora da vigilância epidemiológica de Içara, Laura Maté, todas as vacinas já se esgotaram. Restam apenas as que foram reservadas para a segunda dose necessária para quem deve tomar. Em Balneário Rincão a situação é a mesma. Na sexta-feira as vacinas já haviam sido esgotadas. “Em Florianópolis, sobraram 40% das vacinas, mas aqui na Amrec o número de vacinações foi bastante alto”, conta De Faveri.

Confira a tabela de vacinação da região:

Município População Doses Cobertura
Cocal do Sul 4.285 4.250 99,18%
Criciúma 59.337 54.323 91,55%
Forquilhinha 6.598 5.785 87,68%
Içara 13.660 11.132 81,49%
Lauro Müller 4.455 4131 92,73%
Morro da Fumaça 5.229 4656 89,04%
Nova Veneza 4.067 3660 89,99%
Orleans 6.633 5992 90,34%
Siderópolis 3.912 3443 88,01%
Treviso 1.197 1.279 106,85
Urussanga 6.264 5.944 94,59%
Balneário Rincão 3.904 4.108 105,22%
Total: 119.561 108.703 90,92%

 

Raiva animal

Em Santa Catarina, existe um grande número de casos de raiva animal. Porém, o surto atinge somente o gado. De acordo com Fernado De Faveri, a chance de a raiva do boi ser transmitida para o humano é baixa, pois ela é transmitida através da saliva.

“Mesmo se a pessoa consumir a carne do animal infectado, a pessoa não será infectada. Ou até mesmo se beber o leite de uma vaca infectada com a raiva, o ser humano não é infectado”, explica.

O vírus da raiva é passado pelo morcego para os animais. Quando o gado é infectado, ele morre em aproximadamente 10 dias. O mesmo ocorre com os cães e gatos.

Portanto, o gerente regional de Saúde recomenda que, caso alguém seja mordido por algum animal, procure atendimento médico e observe o comportamento do animal durante 10 dias. Caso o animal morra, é provável que seja em razão da raiva.

“Em humanos, a raiva se manifesta com mais tempo. Dessa forma, é possível que a pessoa procure um atendimento médico para tomar a vacinação necessária para combater a raiva”, diz. A raiva é uma doença que, caso não seja tratada, leva a pessoa à morte.

Em maio, uma mulher morreu em razão do vírus da raiva. Ela contraiu a raiva após ser mordida por um gato. “O gato morreu e ela não procurou atendimento a tempo de se curar”, explica Fernando.

Neste caso, a vigilância epidemiológica realizou vacinação contra a raiva em um raio de cinco quilômetros para evitar proliferação. No Estado, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) é a responsável pelo controle de doenças em animais.