Entidades auxiliam no combate ao suicídio

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Dois casos em menos de uma semana fazem com que entidades entrem em estado de alerta

Um caso em Içara e outro em Criciúma fez novamente as entidades entrar em estado de alerta no combate ao suicídio. O perito do IML de Criciúma Almir Fernandes de Souza pontua que se deve ter cautela na divulgação desses casos, mas que não se deve fechar os olhos para o problema. Para ele, o suicídio é uma questão de saúde e segurança pública. “Esses casos só perdem em número de ocorrências para os acidentes de trânsito”, alerta Almir.

Segundo ele, os familiares e amigos mais próximos devem ficar atentos no comportamento das pessoas que passam por alguma decepção como perder um parente próximo, perder o emprego e estar em depressão. “Nestes casos devemos sugerir a discussão e o debate da sintomatologia e divulgar locais de ajuda, como Centro de valorização da Vida (CVV), Núcleo de Prevenção à Violência e Promoção à Saúde (NUPREVIPS), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental (CERES), Serviço de Psicologia Aplicada Esucri (SPAE), Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (CEREST) e Alcoolicos Anônimos (A.A)”, sugere.

CVV

O Centro de Valorização a Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio de forma voluntária e gratuita. As ligações podem ser feitas através do 188 a nível nacional, 24 horas por dia, e as conversas são mantidas em total sigilo, objetivando a prevenção ao suicídio.

Este trabalho foi idealizado no ano de 1962, na cidade de São Paulo, por um grupo de jovens que perceberam a necessidade de se ter alguém para conversar. De acordo com um dos voluntários do CVV, Paulo José Borges, as relações humanas nos dias atuais se encontram cada vez mais estreitas. “As pessoas estão focadas no telefone, no trabalho, nos afazeres e muitas vezes sequer fazem as refeições juntas”, comenta.

Para Paulo, o trabalho prestado por eles é fundamental. “Muitas vezes não percebemos que ao nosso lado alguém sofre. Assim se dá a importância de as pessoas terem um telefone, de três dígitos, completamente gratuito, de qualquer lugar e telefone, seja convencional, residencial, público ou celular”, destaca.