Com a meta de imunizar mais de 49 mil pessoas, Içara intensificou a vacinação com a abertura de unidades de saúde além do horário habitual e também participou do Dia “D”, em 9 de março, oportunizando a imunização inclusive na Praça da Matriz São Donato. Embora a procura continue alta, o município está longe de alcançar o número estipulado, por isso, a Secretaria de Saúde estuda novas ações.

“Nós consideramos bastante positiva a procura nas unidades de saúde, as salas de vacinação têm ficado cheias diariamente. Mas tivemos uma reunião para tratar de como chegar novamente na população, para aumentar a cobertura vacinal, porque a nossa meta é alta”, explica a secretária de saúde, Jaqueline dos Santos.

“Estamos revendo ações para continuação do horário estendido, mais dias ‘D’ em sábados vão acontecer, por conta da vacina contra a influenza que vai começar em abril, então a gente pode colocar as duas no mesmo dia e fazer todo o calendário de vacina”, indica.

Atendendo recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação no Estado foi estendida a toda população na faixa etária dos nove meses aos 59 anos, podendo ser buscada gratuitamente na rede pública.

“Todas as pessoas que estão indo às unidades de saúde em busca de qualquer atendimento, a gente está questionando se já fez a vacina e oferecendo para se imunizar naquele momento. As empresas estão nos procurando, estamos indo com as nossas equipes realizar a vacinação”, aponta Jaqueline.

“Uma realidade que nós estamos nos preocupando bastante é com as pessoas que trabalham, por isso estamos fazendo essas ações de horário estendido, atendimento no sábado e ida às empresas, mas a gente acredita que nos próximos meses vai chegar bem perto ou na sua totalidade no número de população a ser vacinada”, acredita.

Conforme a secretária, a campanha contra a gripe deve iniciar na segunda quinzena de abril. “São doenças muito graves e podem inclusive levar à morte”, alerta.

 

Onde buscar?

 

Em Içara, as doses estão disponíveis nas unidades de saúde dos bairros Aurora, Jardim Elizabete, Primeiro de Maio, Presidente Vargas e Vila Nova. Para quem ainda está inseguro sobre a imunização, a enfermeira da Vigilância Epidemiológica do município, Laura Maté, assegura: “A vacina é extremamente segura e o risco de contrair a doença é muito maior do que qualquer reação adversa”.

Mas há casos em que a vacina é contraindicada. “Pessoas a partir dos 60 anos ou com algumas doenças no sistema imunológico somente devem se vacinar com indicação médica. Gestantes e mulheres amamentado bebês até seis meses não devem fazer a vacina, bem como quem é alérgico a ovo”, orienta Laura.

 

Estado inicia campanha nesta quarta-feira

 

No Estado, a cobertura vacinal está em apenas 56% do público alvo. Assim, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC)) decidiu realizar a Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Amarela, que iniciará nesta quarta-feira e seguirá até 20 de abril.

Nesse período, todos os moradores do Estado, a partir de nove meses de idade, devem procurar uma unidade de saúde para a vacinação contra a doença. A meta é chegar a 95%.

O alerta vermelho em Santa Catarina acendeu quando o Paraná registrou uma morte pela enfermidade, no dia 7 de março. Um homem, trabalhador da zona rural de Morretes, que não tomou a vacina, foi a óbito.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, o aparecimento de casos no estado vizinho significa que o vírus, antes no estado de São Paulo, está descendo e pode chegar a qualquer momento a Santa Catarina. “Isso nos preocupa, porque quase a metade dos catarinenses não está imunizada”, esclarece.

A diretora DIVE, Maria Teresa Agostini, alerta que a vacina é a única forma de prevenção. Apenas uma dose é suficiente para ficar protegido durante toda a vida. “Lembrando que as doses estão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde de todo o Estado”, afirma.

 

Sintomas

Os principais sintomas da febre amarela são: início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza. Alguns melhoram após esses sintomas iniciais. No entanto, entre 15% e 60% das pessoas que apresentam esses sintomas evoluem para a forma mais grave da doença.

Nos casos graves, a pessoa pode desenvolver algumas complicações como febre alta; coloração amarelada da pele e do branco dos olhos; hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal); e eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Desses que apresentam sintomas mais graves, entre 20% e 50% podem morrer.