O bacharel em Direito Ricardo Guidi, eleito deputado federal com 61.830 votos, conta com a herança política do pai, o ex-deputado e ex-prefeito de Criciúma, Altair Guidi, e da mãe, a ex-senadora Sandra Zanatta Guidi.

Em 2014, concorreu ao primeiro cargo eletivo e obteve êxito, sendo eleito deputado estadual, com 31.704 votos, pelo PPS. Já pelo PSD, em 2018 disputou uma cadeira na Câmara Federal e vai assumi-la tendo como principal bandeira a defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

Ex-deputado estadual, agora federal, Ricardo Guidi assume o compromisso de representar o Estado, de modo especial a região Sul, tanto em propostas quanto em destinação de recursos. “Como deputado federal, pretendo representar Santa Catarina, mas principalmente o Sul do Estado. Quero estar comprometido com as demandas e as pautas da região”, reforça.

E a mudança de cargo, de deputado estadual para federal, partiu justamente do princípio de busca por melhorias no Estado e no país, segundo ele. “Acredito que é na Câmara onde conseguimos as mudanças para o Brasil. É lá onde está o montante de recursos para melhorar o Brasil e o Estado. E com a renovação do Congresso, acredito que conseguiremos uma mudança no país”, declara.

Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Guidi foi presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e, no novo mandato, quer utilizar essa experiência para propor leis em âmbito nacional.

“Quero continuar com esse trabalho na Câmara. É um assunto que precisa ser discutido. Porque hoje as pessoas com deficiência sofrem uma série de dificuldades no dia a dia. Por isso precisamos de projetos para essas pessoas, que combatam a desigualdade”, argumenta.

“A educação também vai ser uma bandeira que vou levantar, porque acredito que um pais só muda através dela. Pretendo trazer qualificação na área. E também atender as demandas do Estado e trazer recursos para o Sul do Estado. Santa Catarina tem um potencial turístico muito grande. Precisamos explorar esse potencial e desenvolver esse setor no Estado”, completa.

 

Pedágio

 

Outra frente de luta diz respeito à instalação de praças de pedágio no trecho Sul da BR-101. “Não vai ter como a gente escapar do pedágio da BR-101. Então, vamos reivindicar que nós paguemos menos. Nós não podemos pagar mais que no sentido Norte (da rodovia). No mínimo, o mesmo valor”, pontua.

Assinado pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), representando as associações empresariais do Sul, Câmaras de Dirigentes Lojistas, Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina (Setransc) e pela Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), foi encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no ano passado um documento contendo sugestões das entidades sobre a cobrança de pedágio no trecho Sul da BR-101.

Entre as observações contidas no documento estão a redução das praças de pedágios de quatro para duas, igualdade com o trecho Norte no valor da tarifa e na distância entre as praças (80 quilômetros), e a automatização do sistema de cobrança.

A concessão, de 220,42 quilômetros (entre Paulo Lopes e São João do Sul), prevê 257 funcionários por praça, o que corresponde a cinco funcionários por quilômetro. O valor estimado de investimento para a empresa que vencer o leilão da concessão é de R$ 2,9 bilhões no prazo de exploração de 30 anos. No tocante ao valor teto para a abertura de edital, o indicado pela ANTT é de R$ 3,97, enquanto no trecho já pedagiado da rodovia é praticada uma tarifa de R$ 2,70.