Um novo ano chegou e com ele veio a sexta edição da maior campanha em prol da saúde mental, o Janeiro Branco. Em alusão ao tema, Içara realiza uma série de atividades durante este mês, no Ambulatório de Saúde Mental, localizado no bairro Jardim Elizabete.

A proposta do município é se engajar e promover o bem-estar da população, além de abordar de forma mais direta a saúde dos trabalhadores.

“Com o intuito de promover e melhorar a qualidade em favor da saúde mental é que estamos realizando as ações do Janeiro Branco. Lembrando também da saúde do trabalhador, para que este esteja bem e em condições de oferecer um atendimento com maior qualidade”, explica a secretaria de Saúde de Içara, Jaqueline dos Santos.

Estimular o debate é necessário, pois de acordo com a psicóloga do ambulatório, responsável por prestar atendimento infantil, Maria Eduarda Fernandes Pacheco, a saúde mental muitas vezes fica em segundo plano.

“É não deixar por último a saúde mental, não negligenciá-la. As pessoas cuidam da saúde do corpo, da parte física, mas esquecem da saúde mental”, diz a profissional.

Por isso, durante a programação do Janeiro Branco ocorrerão rodas de conversa e orientações com profissionais para tratar sobre o tema – em todas as suas abrangências. As atividades iniciaram nessa segunda-feira e se estendem até o dia 31, quando haverá uma ação voltada para a saúde mental do trabalhador.

Programação

Na tarde dessa segunda-feira, a conversa abordou transtornos de ansiedade e transtornos depressivos: por que são mais recorrentes e a importância de prevenir o risco ao suicídio – temas presentes no mês em alusão à saúde mental. O responsável por mediar o debate foi o psicólogo Júlio Cesar Bittencourt.

Na próxima segunda-feira, acontece a segunda roda de conversa do mês. Às 13h30min, a psicóloga Maria Eduarda Pacheco discute sobre fatores de risco e fatores de proteção em saúde mental com a população, no Ambulatório de Saúde Mental.

No dia 21, a psiquiatra Thaise Bonetti dará continuidade à programação, abordando o risco da automedicação em saúde mental. A conversa também será no ambulatório, às 13h30min.

A técnica de enfermagem e coordenadora do ambulatório, Mariléia Pacheco, realizará no dia 28 uma roda de conversa com a comunidade para abordar a importância da aceitação e da adesão ao tratamento. O diálogo acontece no ambulatório, às 13h30min.

Encerramento

Encerrando as atividades, no dia 31, às 8h30min, está prevista uma palestra no auditório da Cooperaliança, na área central de Içara, com palestrante e tema a serem definidos.

“Estamos tentando trazer o Leonardo Abrahão. Ele criou o Janeiro Branco. Mas temos que esperar, pois ele é de Minas Gerais. Caso ele esteja em Porto Alegre no dia, talvez possa vir. Mas estamos acertando ainda”, conta Maria Eduarda.

Todo ano, o encerramento do Janeiro Branco se dá de uma forma diferente. “A gente fez em 2017 rodas de conversa e encerramos com um piquenique. No ano passado, para encerrar, fizemos uma caminhada. Este ano, vamos finalizar com uma palestra”, aponta a psicóloga.

Atendimentos acontecem em novo endereço

No final de dezembro, o Ambulatório de Saúde Mental de Içara mudou de endereço. Os atendimentos agora ocorrem na antiga unidade de saúde do bairro Jardim Elizabete, em frente ao Ciretran.

As consultas e tratamentos são feitos das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.Mesmo com a mudança, não houve pausas no atendimentos, segundo a psicóloga Maria Eduarda Pacheco.

“Os atendimentos continuaram normalmente. Durante este mês também vão continuar. As programações do Janeiro Branco não atrapalharão os atendimentos”, assegura.

O ambulatório oferece atendimento à saúde mental de adultos e também cuidados com a saúde mental infantil. Para a população ter acesso aos serviços, é necessário a ida às unidades de saúde dos bairros.

“Primeiro precisa passar na unidade de saúde e pedir encaminhamento. O médico faz a primeira avaliação e encaminha para o atendimento com o psicólogo. E para atendimento com o psiquiatra precisa também agendar com a enfermeira do ambulatório”, orienta Maria Eduarda.